Doutrina Espirita

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*Alan Kardec   *Mentores Espirituais                                        Fixe InicioFixe

 


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                                                          A Doutrina Espírita


Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos Céus, qual imenso exército que se movimenta ao receber as ordem do seu comando, espalham-se por toda a superfície da Terra e, semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar os caminhos e abrir os olhos aos cegos.

Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas hão de ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos.
As grandes vozes do Céu ressoam como sons de trombetas, e os cânticos dos anjos se lhes associam. Nós vos convidamos, a vós homens, para o divino concerto. Tomai da lira, fazei uníssonas vossas vozes, e que, num hino sagrado, elas se estendam e repercutam de um extremo a outro do Universo.
Homens, irmãos a quem amamos, aqui estamos junto de vós. Amai-vos, também uns aos outros e dizei do fundo do vosso coração, fazendo as vontades do Pai, que está no Céu: Senhor! Senhor!... e podereis entrar no reino dos Céus.
                                                                                                             

                                                                                                                 O Espírito de Verdade
                                                 

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Esta mensagem, extraída do prefácio do "Evangelho Segundo o Espiritismo", resume o verdadeiro caráter do Espiritismo, que é a doutrina dos Espíritos. Se a Doutrina Espírita fosse de concepção puramente humana, não ofereceria por penhor senão as luzes daquele que a houvesse concebido. Quis Deus que a nova revelação chegasse aos homens por caminho mais rápido e mais autêntico. Incumbiu, pois, os Espíritos de levá-la de um pólo a outro, manifestando-se por toda a parte, sem conferir a ninguém o privilégio de lhes ouvir a palavra. Um homem pode ser ludibriado, pode enganar-se a si mesmo; já não será assim, quando milhões de criaturas vêem e ouvem a mesma coisa. Constitui isso uma garantia para cada um e para todos. Ao demais, pode fazer que desapareça um homem; mas não se pode fazer que desapareçam as coletividades; podem queimar-se os livros, mas não se podem queimar os Espíritos.


São, pois, os próprios Espíritos que fazem a propagação, com o auxílio de inúmeros médiuns que, também eles, os Espíritos, vão suscitando de todos os lados. Se tivesse havido unicamente um intérprete, por mais favorecido que fosse, o Espiritismo mal seria conhecido. Qualquer que fosse a classe a que pertencesse, tal intérprete houvera sido objeto das prevenções de muita gente e nem todas as nações o teriam aceitado, ao passo que os Espíritos se comunicam em todos os pontos da Terra, a todos os povos, a todas as seitas, a todos os partidos, e todos os aceitam. O espiritismo não tem nacionalidade e não parte de nenhum culto existente; nenhuma classe social o impõe, visto que qualquer pessoa pode receber instruções de seus parentes e amigos de além-túmulo.


Os ensinamentos dos Espíritos dirigem-se a todas as raças da Terra. Os Espíritos proclamam, por toda a parte, os princípios em que ela se apóia. Por todas as regiões do globo perpassa a grande voz que convida o homem a meditar em Deus e na vida futura. Acima das estéreis agitações e das discussões fúteis dos partidos, acima das lutas de interesse e do conflito das paixões, a voz profunda desce do espaço e vem oferecer a todos, com o ensinamento da palavra, a divina esperança e a paz do coração.


A humanidade conheceu as três revelações divinas que possibilitaram seu progresso moral e espiritual. Moisés foi o eleito para divulgar e implantar a primeira revelação, conhecida como Lei de Justiça. Jesus Cristo veio a seguir divulgar e implementar a segunda revelação, que é a Lei de Amor. Em 1855, Hippolyte Léon Denizard Rivail, utilizando o pseudônimo “Allan Kardec”, iniciou a codificação e divulgação da terceira revelação: a Doutrina dos Espíritos.


O Espiritismo, nome dado por Kardec à doutrina dos espíritos, se expressa como ciência, filosofia e religião. Os aspectos científicos e filosóficos, aliados à fé raciocinada, possibilitam um campo extenso para a investigação, comprovação e assimilação de novos conceitos, teorias científicas e intelectuais que possibilitam o progresso da humanidade.


O aspecto religioso, por sua vez, de foro íntimo, possibilita a ligação da criatura com o Criador, mediante o esforço individual de cada ser humano em superar as suas fraquezas e maus comportamentos, que o impedem de evoluir moralmente.